A porta-bandeira
Não pensa em ninguém
Quando está rodando
Nasce para o bem
Deus salve a porta-bandeira
Deus salve a...
Lembro de uma conversa que tive, há muito tempo, com meu grande amigo Júlio Galharte, sobre esses versos de "Porta-bandeira" (Dé Palmeira e Humberto Effe), da banda Picassos Falsos. O Júlio manifestava incomôdo com esse elemento, conforme ele dizia, de partição ou estranheza, no refrão: “Deus salve a...”. Para mim - mas acho que não cheguei a sustentar isso nessa conversa -, o artigo em suspenso não pretende criar propriamente uma estranheza, mas uma apresentação, como que sugerir uma presentificação do que está adiante: a porta-bandeira, que já não é só a porta-bandeira, mas tudo o que advém, e o que quer que advenha.
Mas, discordâncias miúdas à parte, foi o Júlio quem me apresentou esse disco (Novo mundo, o trabalho “tardio”, de 2004, dos Picassos) que se tornou um dos meus preferidos, e me é muito grato que seja essa lembrança que me ocorra agora: pois o Júlio é um das pessoas mais sensíveis e generosas que eu conheço, um bom nome (e por isso gostei tanto quando a Lucilene sugeriu que nossa filha se chamasse Júlia) e, para mim, um bom rosto para se invocar em qualquer momento. Ainda mais às portas de um ano tão agourado como o que se inicia...
Enfim, para além da inevitável e talvez necessária melancolia, um feliz ano novo para todos nós! E meu grato abraço a todos os leitores e colaboradores, constantes ou eventuais, deste blog.
Site oficial dos Picassos: http://www.picassosfalsos.com.br/
ResponderExcluirOlá, Ravel!
ResponderExcluirE não é que esses mundos real e virtual são de fato pequenos?!
Provavelmente, Ravel, o Júlio Galharte a que você se refere é o mesmo Júlio com quem tive o prazer de conversar nesta entrevista do link que segue: http://subsolodasmemorias.blogspot.com/2010/12/dostoievski-no-canal-universitario-de.html.
Dê só uma olhada e depois você me diz. (Ambos tivemos a mesma orientadora no mestrado.)
Desejo a você um ótimo ano, Ravel, e continuemos esse bate-bola social e literário por nossas redes.
Um abraço,
Flávio Ricardo
Salve, Flávio!
ResponderExcluirÉ o mesmo Júlio sim, claro! Aliás, corumbaense... (esclarecendo, me refiro a essa postagem do blog Subsolo das Memórias: http://subsolodasmemorias.blogspot.com/2012/01/cadu.html)
Quase participei desse programa dele, pra falar de meu livro, mas não deu certo. Grande Júlio, inteligente e gente finíssima, generoso como ele só.
Grande abraço, e vamos nos lendo!
Ravel.