VIVENCIAL

Viver o cotidiano não exime da tarefa de pensá-lo, como não o faz a prática de experienciar a cultura em suas formas mais acabadas, inclusive naquilo em que nelas se imiscui a chamada vida comum. A proposta deste blog é constituir um espaço de intersecção entre esses campos vivenciais para pessoas que, como nós, têm na reflexão crítica um imperativo para a existência digna do corpo e do espírito – individual e social.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Saúde, Doutor!


Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira (Belém, 19/02/1954 - São Paulo, 04/12/2011).

Corinthians, pentacampeão brasileiro em 04 de dezembro de 2011.

Homenagem de um vascaíno derrotado mas não desonrado.

Um comentário:

  1. Recebi por e-mail um belo texto de Flávio Ricardo Vassoler, que toca o blog Subsolo das Memórias (http://subsolodasmemorias.blogspot.com). Não posso reproduzir o texto aqui por motivos de espaço (a ferramenta não aceita mais de 4.096 caracteres por comentário), mas recomendo-o fortemente. Agradeci o envio a Flávio Ricardo e seguiu-se um pequeno diálogo, que reproduzo abaixo, não (apenas) por vaidade, mas porque ele faz um pouco mais de justiça a essa articulação cada vez mais difícil e, por isso mesmo, necessária entre espírito esportivo e espírito democrático:


    Caro Flávio:

    Obrigado pelo envio deste belo texto. Confira, por favor, minha pequena homenagem ao nosso Sócrates em meu blog:

    arquivoscriticos.blogspot.com

    Abraço,

    Ravel.


    Olá, Ravel! Tudo bom com você?

    Muito obrigado pelos cumprimentos.

    A sua homenagem me parece bem a contento, Ravel: Sócrates não tinha, de fato, um espírito desagregador, então o sentido do fair play envolvendo corintianos e vascaínos poderia transmitir ótimos valores para a sociedade brasileira. Por sinal - e em tempo: em uma entrevista com Fernando Fernandes para o programa "Papo de Boleiro", da TV Bandeirantes, Sócrates definiu o corintianismo precisamente dessa maneira: "saber perder, já que ser campeão, para o corintiano, é um mero detalhe. Ser corintiano é um estado de espírito".

    Façamos um brinde, então, a essa grande persona que o Brasil teve a honra de ver atuar.

    Apareça sempre no Subsolo das Memórias, Ravel.

    Um abraço,

    Flávio Ricardo


    Salve, Flávio.

    Obrigado. Sou vascaíno, mas herdei essa paixão de meu pai, que também era corinthiano e geminiano (gremista?), então sempre fui muito simpático ao Corínthians. Mas a homenagem, de fato, não deriva disso, e sim da admiração por Sócrates e, claro, por um tipo de espírito esportivo que eu acho importante resgatar nesses tempos esquisitos.

    Tenho que admitir que deixei de acompanhar o Vasco por um bom tempo, no período mais sombrio do Eurico Miranda. Mas desde a eleição do Roberto meu interesse reacendeu, mesmo com os altos e baixos. O Vasco - só soube disso recentemente - foi o primeiro clube de futebol a defender a presença de jogadores "de cor". Ou seja, também tivemos nossas bandeiras democráticas...

    Grande abraço, e vamos nos lendo,

    Ravel.

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