Não bastasse isso, Redson foi um dos maiores realizadores do underground brazuca: produziu, por exemplo, o disco dos Kães Vadius que eu postei há alguns dias, e uma das coletâneas punk mais ricas de todos os tempos, a Ataque sonoro.
É claro que quem não se interessa por cultura underground (ou sub-subcultura, mas sub com muito orgulho) dificilmente pode compreender ou reconhecer a importância desses nomes, Redson e Cólera, na cultura jovem deste país, aliás via de regra ingrato com seus melhores filhos. Mas não sou eu que vou me meter a dar uma aula sobre isso. Passo a palavra para um fã que teve um privilégio que eu, analfabeto musical, nunca tive: o de tocar músicas do Cólera. Mas antes deixo falar - e soar - o próprio Filho Vermelho, em primeiro lugar nesse grito condoreiro em nome da dignidade e da coragem que ele soube encarnar:
"Não me importa, eu vou em frente!"
O tempo passa. Já foram cinco anos desde que o Redson faleceu. Mas tenho a plena certeza de o seu grito não foi em vão.
ResponderExcluirSou grande admirador de sua obra. O Redson e o Cólera mudaram meu jeito de ver a vida. Fizeram eu parar pra pensar, me informar sobre diversos assuntos, ler, sentir a fúria necessária para continuar de pé diante das injustiças. O som é visceral, as letras são de uma profundidade incrível.
Sei que o legado da banda vai permanecer por muito tempo ainda.
Viva Redson!
Cóleraaaaaaaaa...