Leões, Brasões, ferem-te um corte à espada
Negro e feroz sangrento nos arde em sal
Sobreiro desta malfadada náufraga nau
Terrível terena, ossos queimados em cal
Ó, tumbas vis e profanas de meus ancestrais
De flechas e pólvora exilados do céu
Fantasmas, desgraçadas bestas, da negra Babel,
Degolem-me as vísceras e tripas no cais
Eis que adentro ao campo grande do inferno
Cão Azazel vocifera arde no eterno:
"Entrai, adentrai ao campo grande do inferno!"
Ó, árvores frondosas eivadas desta terra
Os punhos em furor os teus ramos arrebento
Crava-me tuas lascas em flecha no peito, fera.
Sebastião Ramos Osias
Uau! Que arrepio!
ResponderExcluirVoltei ao tempo da mordaça e de Roque Leon:
ROQUE LEON
a Roque Leon
Ruirão tronos e castelos e templos
Onde passar eu..., rei
Querubim animalesco e exterminador
Ultimando os últimos heróis
Entranhando inda no eco-vão das paredes..., e
Lúgubre será meu canto de amor (ou de pax)
Enquanto baionetar corpos flácidos
Onde outrora penas tintadas
Napolearam o meu último silêncio
Joba Tridente. 28.08.1979
Valeu, Joba! Tanto pelo elogio quanto pelo arrepio roqueleonesco... Não conhecia esse seu lado de poeta maldito, re re. Gostei muito! É uma alegoria da agonia do regime militar?... O Jânder é um jovem estudante da UEMS, que ultimamente anda meio tomado pelo Dante... Um grande abraço!
ResponderExcluirKkkkkk
ResponderExcluirDissestes bem..
Não me ocupo de modernismos estéreis.
Tampouco de arcaísmos pobres.
O modernismo de hj, o ultramodernismo de amanhã,
Um dia serão arcaísmos.
Mas o gênio será gênio sempre.
O medíocre será medíocre sempre.
E o verme existirá
Enquanto houver mundo.
Desenho de Luciano Alonso a partir de original de Jânder Baltazar Rodrigues.
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