VIVENCIAL

Viver o cotidiano não exime da tarefa de pensá-lo, como não o faz a prática de experienciar a cultura em suas formas mais acabadas, inclusive naquilo em que nelas se imiscui a chamada vida comum. A proposta deste blog é constituir um espaço de intersecção entre esses campos vivenciais para pessoas que, como nós, têm na reflexão crítica um imperativo para a existência digna do corpo e do espírito – individual e social.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Nada, nada


Um dia tão estranho!
Meu olhar não transborda mais alma.
O sentimento ainda existe,
mas parece que perdeu o encanto a meus próprios olhos.
Quem dirá aos seus olhos...

Então é sempre isso o que chamam de amor!
Se o seu feminismo é de araque,
o meu é de perfídia,
destroço maligno do macho fracassado.

Veneno escorre de minha boca.
Sou menos que nada.
Te mereço muito menos do que quem quer que seja,
mesmo que quem não te quer.

Sou nada ao quadrado:
bêbado torpe e descontrolado, inábil até a raiz
da alma que falta.

Sou nada, sou nada.
Perdão, meu enorme amor perdido,
nunca pude lhe dar
nada além de nada.

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