VIVENCIAL

Viver o cotidiano não exime da tarefa de pensá-lo, como não o faz a prática de experienciar a cultura em suas formas mais acabadas, inclusive naquilo em que nelas se imiscui a chamada vida comum. A proposta deste blog é constituir um espaço de intersecção entre esses campos vivenciais para pessoas que, como nós, têm na reflexão crítica um imperativo para a existência digna do corpo e do espírito – individual e social.

domingo, 12 de junho de 2011

Vênus vive viva Vênus


Mais uma "dica cultural", agora cinematográfica, à guisa de post emergencial (e acrítico... ou não, porque o amor é, em mais de um sentido, o mais crítico dos gestos e sentimentos). Pelo menos é adequado à data, embora os casais mais jovens - ou melhor, insensíveis - possam se decepcionar. Porque Vênus, de Roger Michell, é mais um desses filmes sobre o amor ser maior que a morte, mas de uma forma em que essas palavras quase mutuamente anagramáticas se enlaçam como nunca: sem sangue, sem declarações, sem sexo, sem jorros de espécie alguma. Bem, os estudantes e profissionais das letras creio que não irão se decepcionar, pois só ver Peter O'Toole recitando Shakespeare já vale a pena.

Dessa vez não dou nenhum link, mesmo porque o filme ainda pode ser encontrado, em qualidade melhor que a dos posts, na maioria das locadoras.

"O amor é uma flor roxa que nasce nos corações dos trouxas", alguém me dizia há muito tempo lá em Corumbá. Que vivam então as flores roxas, pois também elas lembram que o amor é maior que a morte!

Ps: Para os mais jovens, uma dica complementar - insipirada na de uma fã (não minha, mas magnética ;):

http://www.youtube.com/watch?v=590RrSf-NPY
(ouça no volume máximo!)

Para uma excelente descrição da experiência sonora do J.M., cf.: http://estudioaovivo.wordpress.com/author/laramarx/


"meu amor, nosso amor é uma questão de evolução..."

2 comentários:

  1. Talvez alguém que leu essa postagem antes perceba que fiz uma pequena alteração estilística. Foi, digamos, pra ficar um pouco menos roxo, rs. Não pela “trouxice”, mas pela sisudez da coisa.
    Putz, isso não tem nada a ver com o "aquilo roxo" de nosso collorido ex-mandatário - a despeito dos deslizamentos semânticos!
    Ravel.

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  2. Ravel, você é mesmo um sujeito insistente, hein? Voltar ao meu blog só para ver se o comentário foi postado e ainda cobrar satisfações quase me irritou. Mas você foi salvo pela sua educação e pelo seu bom humor.
    Eu não havia liberado por falta de tempo mesmo. É sempre bom receber leitores novos, e fico feliz que tenha gostado do meu espaço. Da minha parte, achei bem alto o nível dos textos escritos aqui, parabéns. Agora me responda: como diabos você foi parar em um blog de humor lésbico??? Beijos de Lesboland.

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