Isso não poderia acontecer. Agora é que a fauna e flora do Cerrado vão tudo ao chão! Mesmo alegando que o Ibama já não exerce tanta função na sociedade, talvez neste momento a ação mais importante seja a fiscalização para proteger a biodiversidade que ainda nos resta em Goiás. O nome IBAMA é muito forte, e mesmo sem atuar impõe medo e respeito, e fechando esses escritórios, principalmente o de Iporá-GO, que está próximo às bacias do Caiapó, Rio Claro e Araguaia, pescadores, caçadores ilegais e traficantes vão andar à solta por aí, mais uma vez eles venceram, e devem estar comemorando agora.
Cadê as autoridades, municipais, estaduais, vereadores, deputados etc? Façam alguma coisa agora. Ou não, por quê, será por quê???
Fechar postos estratégicos do Ibama significa um perda muito grande, um muro que desaba, a fragilidade tomará conta do Cerrado. Quem irá pagar por isso??? A próxima geração??? Não! isso não!! Não está de acordo com o artigo 225 da Constituição.
Acredito eu que o certo era aumentar os efetivos dos escritórios, que estão lotados de denúncias, e não fechá-los. Será que alguém vai sair do ar-condicionado em Goiânia ou Brasília para vir atender uma denúncia de pesca ou caça ilegal aqui no Cerrado?? E se for uma emergência ambiental??? Fala sério!!! Isso nos deixa indignados.
Meus sentimentos! Cerrado... Infelizmente, o sistema assim!!!! Adeus.
Ibama fechará cinco escritórios regionais no Estado de Goiás
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) passará por uma reformulação e fechará cinco unidades em Goiás. Uma delas é a de Rio Verde, a 220 km de Goiânia, que atuava na região sudoeste do Estado há 41 anos. Também serão desativados os escritórios regionais que funcionavam em Catalão e Uruaçu, bem como as bases avançadas de Ceres e Iporá.
Restarão apenas as sedes de Goiânia e São Miguel do Araguaia , a 490 km da capital. A medida faz parte de uma reestruturação nacional que está sendo feita na autarquia.
O doutor em meio ambiente Bruno Botelho Salé discorda do fechamento do escritório de Rio Verde. “Com o fechamento desse escritório regional, o Ibama passa a ficar fora do contexto dos problemas ambientais de Rio Verde e região. É no mínimo um retrocesso”, argumenta.
A Superintendência do Ibama informou que as mudanças estão sendo feitas porque o Instituto já não exerce mais um atendimento direto à população. Como é o caso dos licenciamentos ambientais, que são de responsabilidade das secretarias municipais de meio ambiente. Com a reformulação, a preocupação maior passa a ser com as fiscalizações.
“Só com o escritório em Goiânia dificulta o acesso do pessoal vir aqui fazer a parte da fiscalização”, afirma Bruno Salé.
Só o Ibama do sudoeste goiano, com sede em Rio Verde, atendia 30 municípios. Todos os anos eram registrados centenas de crimes ambientais como pesca predatória, desmatamento ilegal e apreensão de pássaros silvestres. Todo esse monitoramento passará a ser feito pela Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Rio Verde, que atualmente conta com nove fiscais.
Segundo a titular da pasta Marion Kompier, com o fechamento do escritório, os fiscais da secretaria ficarão sobrecarregados. “Em nível ambiental, o município perde”, diz.
Fonte: Jornal Bom Dia Goiás, 17 de outubro de 2011.
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