VIVENCIAL

Viver o cotidiano não exime da tarefa de pensá-lo, como não o faz a prática de experienciar a cultura em suas formas mais acabadas, inclusive naquilo em que nelas se imiscui a chamada vida comum. A proposta deste blog é constituir um espaço de intersecção entre esses campos vivenciais para pessoas que, como nós, têm na reflexão crítica um imperativo para a existência digna do corpo e do espírito – individual e social.

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

A cidade no topo da colina

Na colina havia uma cidade
Com no topo um relógio.
O silêncio parecia durar a eternidade,
É uma cidade com apenas um colégio.

O silêncio só acabava
Quando o relógio tocava.
Os portões se abriam,
As pessoas saíam
Para trabalhar
Ou estudar.

O relógio era como ligar o volume do local,
Porém por apenas um minuto,
Depois voltava aquele silêncio surreal.
Como deu para ver neste lugar não falam muito.

Assistiam TV sem volume,
Famílias maiores que o costume.
Mas não parecia ter ninguém,
Ou pelo menos não vamos quem.

Alguns acham que a igreja a colina vai salvar,
E esse silêncio vai tirar.
Já eu, meio ateu e meio à toa,
No meu canto tô de boa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário